Urca do Minhoto, no RN, volta a figurar na maior premiação de ondas grandes do Brasi

 A região Nordeste está muito bem representada no Prêmio Brasileiro Ocyan de Ondas Grandes. É no local que fica a Urca do Minhoto, a 29km da costa do Rio Grande do Norte, que alinha condições de ventos ideais para a formação de super ondas que podem chegar a quatro metros. Considerada um paraíso e um dos points dos surfistas nacionais, o local foi inscrito na premiação e os vencedores serão conhecidos em 6 de abril, no Rio de Janeiro.   


Dois atletas, Danilo Costa, ex-atleta da elite mundial e campeão brasileiro master de surf, e Kauli Seadi, tricampeão mundial de windsurfe, já estão inscritos na premiação com vídeos e fotos do pico, que reúne ondas de alta qualidade e um belíssimo visual das águas da região. Kauli se aventurou no foil surfing que dá a impressão de que o atleta está flutuando em pleno mar!  

Considerada uma das principais celebrações do surf nacional, a premiação possui três modalidades, no masculino e no feminino: Surf, Bodyboard e Bodysurf. As categorias são: Maior Onda do Ano, Melhor Onda do Ano (feminino e masculino), Melhor Onda Bodysurf, Melhor Onda Bodyboard e Maior Vaca.   Ao todo, este ano, o evento já recebeu 441 inscrições e anunciará os finalistas da competição em breve.  
 
De acordo com os organizadores, uma ação como esta abre espaço para que surfistas locais de qualquer região do Brasil tenham a oportunidade de concorrer em igualdade com os big riders nacionais. Além disso, comprova que na costa litorânea brasileira, ao contrário do que muitos pensam, há sim ondas grandes.     

“O Prêmio Ocyan de Ondas Grandes celebra os nossos atletas e as ondas incríveis, além de mostrar imagens impressionantes que muitos não imaginam ter no Brasil. É um prêmio democrático em que atletas amadores e profissionais disputam de igual para igual”, diz Guilherme Braga, um dos idealizadores do projeto.    
    
Assim como na edição de 2022, serão distribuídos mais de R$50 mil reais entre os vencedores. Os finalistas serão anunciados em abril durante a cerimônia de premiação que acontecerá no Rio de Janeiro. 

Prêmio

Considerada uma das principais premiações do surf nacional, o Prêmio Brasileiro Ocyan de Ondas Grandes tem como objetivo eleger as melhores e mais impressionantes ondas surfadas no litoral brasileiro através do registro fotográfico e de vídeo. Em sua última edição, recebeu 447 inscrições, o que foi considerado um recorde!  
     
A esmagadora maioria foi do estado do Rio de Janeiro (350), seguida do Espírito Santo (38), Santa Catarina (36), Bahia (7), São Paulo (5) e Pernambuco (2). Houve também recorde de participação feminina, mais de 75 ondas grandes surfadas por mulheres, além do alcance estrondoso de mais de 28 milhões de pessoas nas redes sociais.   

Atleta vice-mundial de kite defende igualdade de gênero

O Rio Grande do Norte é considerado um dos principais locais para a prática do kitesurfe no Brasil. O Estado recebeu a primeira edição do Sertões Kitesurf, com largada em São Miguel do Gostoso, em 2021. Tricampeã mundial da modalidade, Bruna Kajiya já foi vice-campeã por seis vezes. A kitesurfista já desfrutou dos ventos locais nas praias de Barra do Cunhau, São Miguel do Gostoso e Pipa. 

A atleta, que hoje é uma potente voz na luta pela igualdade de gênero nos esportes, sentia uma conexão com o mar desde pequena. Desde a infância, sua relação com a água lhe rendeu o apelido de “peixinho”. Quando estava na sala de aula, a futura atleta assistia kitesurfistas pela janela da escola, no mar de Ilhabela, São Paulo. Bruna convenceu uma pessoa a ensiná-la o esporte e, desde então, nunca mais o abandonou.

Para a tricampeã mundial (2009, 2016, e 2017), estar numa prancha de kitesurfe é estar livre sentindo o vento no rosto e o barulho do mar. A paulista é referência mundial por ter sido a primeira mulher a fazer a manobra backside 315, um movimento até então realizado apenas por homens.

Bruna Kajiya se destaca entre os melhores competidores do planeta, sendo uma referência para meninas e mulheres, ainda mais para as praticantes de kitesurfe ao redor do mundo. Neste ano, a atleta já disputou em locais como Catar, Colômbia e Cabo Verde. Bruna seguirá o ano de 2023 com uma agenda de competições em países como França, Brasil e novamente no país árabe.

Bruna festejou a oportunidade de ser patrocinada pela empresa Neoenergia, que tem uma grande relação com o RN e celebrou os 10 anos de operação dos Parques Eólicos Arizona e Mel, no Rio Grande do Norte. A companhia é pioneira na geração de energia eólica na América Latina e atende, na distribuição, cerca 16 milhões de clientes no país, nos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

Segundo a atleta e a empresa, a parceria representa mais uma etapa da estratégia de marketing da companhia para o fortalecimento e a humanização da marca, assim como o desenvolvimento do esporte feminino no Brasil.
Eduardo Carlos

Radialista desde do ano de 1997, uma historia no radio Macauense.

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